sábado, 29 de dezembro de 2012

Padre Rolim santo?

Vamos aos fatos, faleceu o Padre Rolim às seis horas da noite do dia de sábado, de setembro de 1899, em um quarto que lhe servia de aposento, no prédio do Colégio que fundara. Foi sepultado somente dois dias depois, ao lado esquerdo do alto-mor da Catedral (atual Matriz de Nossa Senhora de Fátima). Entretanto o seu cadáver que foi sepultado quase três dias depois da morte não exalava nenhum odor que indicasse putrefação. Pode???

Fonte: Jornal União, edição especial de 27 de agosto de 1937, por ocasião das solenidades de inauguração do Monumento ao Padre Rolim.

E-mail do Padre José de Andrade Alves


Sou Pe. José de Andrade Alves, nascido no sitio Catolé no município de Cajazeiras e atual administrador da paróquia São Sebastião com sede na cidade de São Bento-PB, venho por meio deste agradecer-lhe pelos emails que você tem me remetido, com conteúdos do seu blog.
A cerca de 10 anos tenho dedicado uma pequena parte do meu tempo em ler livros e artigos que se referem ao Pe. Rolim e há um ano e seis meses estou empenhado em visitar pessoas, lugares, secretárias e ler jornais da época do Pe. Rolim, no tempo presente, os que foram escritos no estado do Ceará.
Já encontrei algumas novidades de grandes destaques que não constam na biografia do Padre mestre. A nossa meta atual é encontrar dados respaldados em documentos que justifique a nossa convicção de que o Pe. Rolim é digno das honras dos altares.
Em seu blog existe um dado, baseado em um jornal que o Pe. Rolim faleceu em 01 de setembro de 1899. Favor corrigir o dado para 16 de setembro de 1899. O fato se deu às 20h30m deste dia 16.
Caso possa me ajudar fornecendo algum material que se refira a vida e a obra de Padre Rolim, por favor comunique-me.
Saudações em Cristo e muito obrigado pelos seus emails.
Pe. Andrade 


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Visita a Exu, uma retribuição pelo belo gesto de Luiz Gonzaga!

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião;
Julho de 82, ano do setuagenário de Luiz Gonzaga, sai de Cajazeiras para cidade de Exu, terra natal do Rei do Baião, uma comitiva de maçons da Loja União Maçônica Cajazeirense para fazer um agradecimento especial. 
Rubens Farias liderava a comitiva como venerável da Loja União Maçônica Cajazeirense e tinha um motivo especial para a visita.
Recepção na casa de Luiz Gonzaga;
O motivo da viagem era o agradecimento pela robusta ajuda financeira que o Rei do Baião tinha ofertado a Loja Maçônica.
Os maçons de Cajazeiras devem muito a Luiz Gonzaga também irmão de maçonaria que num gesto de total desprendimento nada cobrou por uma apresentação sua em Cajazeiras.
Luiz Gonzaga aparece com uma garrafa de uísque;
A loja maçônica cajazeirense com o objetivo de arrecadar fundos para o término da construção da Área de Lazer da Maçonaria, grande obra do venerável Rubens Farias  promove uma festa sob a batuta da sanfona de Luiz Gonzaga, festa de sucesso garantido.
Um lauto almoço bem nordestino é oferecido aos visitantes.
Felizes com o resultado os maçons ao final da festa, foram fazer o pagamento do cachê. Luiz Gonzaga retrucou: “vocês acham que vou cobrar a irmãos? Vocês não me devem nada. A causa é justa. Esta casa é minha também!”

Rubens Farias e a criação do Capítulo príncipe da Paz nº 38 da Ordem De-Molay paraibana

por Jefferson Fernandes
Rubens Farias, como um extremado membro da Maçonaria, marcou época como venerável da Loja União Maçônica Cajazeirense), jamais olvidou o nosso principio que “o importante é dar de si, sem pensar em si”.
      Minha caminhada pelos i- deais maçônicos se deu pela Ordem DeMolay Capítulo de Cajazeiras criada à época em que irmão Rubens Farias era o venerável da loja. 
O Capítulo príncipe da Paz nº 38 da Ordem De- Molay paraibana é assim denominado por ser exatamente 38º do Brasil e o ter- ceiro da Paraíba, fi- cando atrás de João Pessoa e Campinha Grande.
   A Ordem DeMolay é uma sociedade "secreta"/discreta de princípios filosóficos, fraternais, iniciáticos e filantrópicos, patrocinada pela Maçonaria, para jovens do sexo masculino com idade compreendida entre os 12 e os 21 anos. 
Dudu: 0utro grande baluarte
Os baluartes da Ordem são a defesa das Liberdades:
"Religiosa" representada pelo Livro Sagrado.
"Civil", representada pela Bandeira Nacional.
"Intelectual", representada pelos Livros Escolares.
A Ordem Demolay possui cerca de 4 milhões de membros em todo o mundo e mais de 200 mil no Brasil.  
Em abril do ano passado tivemos a honra de comemorar em grande estilo o aniversário de 25 anos de fundação do Capítulo de Cajazeiras. 
    Iniciou-se uma reunião ritualística realizada na Loja União Maçônica Cajazeirense e para aos DeMolays, Maçons, familiares e convidados houve uma solenidade na Área de Lazer Alcindo Xavier com um coquetel e festa dançante com muita animação dos presentes.
Raimundo Jr. condecorado
    Além disso, foram lançadas as medalhas Tio José Lopes(Dudu) e Tio Rubem Farias, como as mais altas condecorações a serem concedidas a personalidades que prestaram re- levantes serviços ao Capítulo, sendo respectivamente Dudu (ex-Vereador) e Rubem (um dos fundadores do Capítulo) os primeiros a recebe-las. 

Rubens Farias, presidente do Rotary Club de Cajazeiras

por Stanley Lira
Stanley Lira era secretário do Rotary Club de Cajazeiras quando Rubens Farias foi o presidente desta instituição.


E o que nos diz o Stanley sobre Rubens Farias:
O dinamismo de Rubens é indiscutível, na gestão como presidente do Rotary Club de Cajazeiras década de 90, ele conseguiu com o prefeito cajazeirense de então um terreno no Alto do Belo Horizonte, próximo ao CAIC para a futura construção da sede própria da loja, já que as nossas reuniões eram realizadas no Cajazeiras Tênis Clube, havia um jantar por mês e tinha grande participação dos membros. Em tudo que ele se prontificava fazer já se tinha como certo que dedicaria à empreita como muito denodo, eis a razão do seu sucesso

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Minas de ferro em Patamuté

por Francisco Frassales Cartaxo
Serra da Arara
Há muito tempo se fala na existência de jazidas ferro em Cajazeiras. Coisa an- tiga. De novidade se tem a presença entre nós, neste começo de século 21, de pes- quisadores de empre- sas estrangeiras e a expectativa favorável que gera em parte da população. E também um olhar descrente de muitos. A especulação vem de longe, de muito longe. Foi até objeto de anúncio oficial ufanista feito pelo presidente da província da Parahyba do Norte, Ambrósio Leitão da Cunha, em Relatório ao sucessor, no longínquo ano de 1860. Isso mesmo, 1860, quando Cajazeiras não havia sequer adquirido o status de vila. Portanto, era apenas um distrito do município de Sousa, embora já fosse sede de paróquia, a de Nossa Senhora da Piedade, criada por Lei de 29/08/1859, assinada pelo próprio Leitão da Cunha.
Ambrósio Leitão da Cunha era paraense. Presidiu também as províncias do Pará, Pernambuco, Bahia e Maranhão. Exerceu mandatos de deputado geral e senador. E foi ministro no regime parlamentar imperial. Governou a Paraíba de 4 de junho de 1859 a 13 de abril de 1860. Neste curto espaço de dez meses, teve o privilégio de recepcionar o imperador Pedro II, na única visita do monarca à Paraíba. Em seu Relatório de prestação de contas, datado de 13 de abril de 1860, ele dedica um item à “Comissão Científica”, para anunciar a boa-nova aos paraibanos:
O governo imperial, solícito como é pelo desenvolvimento imperial e engrandecimento futuro do nosso país, mandou uma Comissão Científica, composta por homens profissionais, estudar e explorar o interior deste vasto e rico Império, tão pouco conhecido ainda no domínio das ciências.” “O chefe da sessão geológica desta Comissão, Dr. Guilherme S. de Capanema, seguindo em sua excursão científica da província do Ceará certas camadas e formações geológicas, atravessou o Termo de Sousa, e no lugar denominado Patamuté, pouco distante daquela cidade, descobriu uma mina abundante de ferro magnético, quase puro, e de excelente qualidade, que, segundo a informação recebida, em nada tem a invejar a melhor qualidade do ferro d’Alba e da Suíça.”A comunicação desta importante descoberta constitui o assunto de ofício que, com data de 26 de fevereiro deste ano, tive a satisfação de receber hoje, e me foi dirigido da cidade de Sousa pelo chefe da sessão etnográfica, Dr. Antonio Gonçalves Dias.”
E prossegue o então governante da Paraíba em lamentos pela ausência de pormenores acerca da notável descoberta, mas, ainda assim, faz a apologia do uso do ferro, aponta dificuldades de “concorrer nos mercados da Europa com o ferro estrangeiro; convém, todavia, nacionalizar-se uma indústria que, em pequena escala pode abastecer nosso mercado de ferro de boa qualidade” etc.etc.
Como é fácil deduzir, o presidente Leitão da Cunha queria mesmo era faturar a notícia numa jogada de marketing à moda antiga, porém, muito próxima das comunicações feitas com estardalhaço, em nossos dias, por políticos, sempre prontos a enganar a população, com promessas mirabolantes. Às vezes, fantasiosas, como fez, apressadamente, o presidente Ambrósio Leitão da Cunha, ao comparar o ferro de Patamuté com o da Europa e considerá-lo de igual qualidade, muito embora tivesse baseado suas afirmativas em dados preliminares contidos num simples ofício de um profissional que sequer tivera condições de analisá-los com cuidado...



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Chico Rolim e seus 90 anos

 Por Francisco Frassales Cartaxo
No próximo dia 6 Francisco Matias Rolim será alvo de homenagens ao completar 90 anos de idade. Muito justo. Quase um século de calmaria? Que nada. Uma vida cheia de altos e baixos, de idas e vindas, no plano comercial, político, emocional e familiar. Quem o conhece de perto ou acompanha sua trajetória me dará razão. Os que não o conhecem, mas passaram a vista no “Miolo do Sertão: A história de Chico Rolim contada a Sebastião Moreira Duarte” têm uma ideia da sinuosidade dos caminhos percorridos por esse matuto do Olho d’Água do Melão. Embora nesta última hipótese, a biografia assuma forma narrativa impregnada do viés literário do autor. Pouco importa. O matuto foi um vencedor.
É bem verdade que Chico se arrependeu de ter contribuído para algumas lutas vitoriosas. Empolgado com sua estreia na “sociedade” cajazeirense, Chico Rolim engrossou a corrente formada nos meados do século 20 para construir a sede do Cajazeiras Tênis Clube, justo no local da casa onde se originou a cidade. E não era uma casa qualquer. Nela estavam as marcas da mãe do padre Rolim. Para destruí-la inventaram um falso dilema: tradição versus progresso. Quem era contra a derrubada da casa pioneira representava o atraso. Os defensores de sua destruição fizeram-se paladinos do progresso. Afinal, tratava-se de uma casa velha... e pobre. O clube da elite seria novo e moderno e rico.
Puro veneno. A falsa opção serviu para encobrir idiossincrasias e, de certa maneira, fustigar a Igreja. Casa e igreja sendo parte da mesma vertente histórica. Hildebrando Assis, então jovem advogado, deputado estadual foi o mentor do crime. Aliás, de dois crimes contra a história. Primeiro, mudar o nome do Clube Oito de Maio para Cajazeiras Tênis Clube. O 8 de maio lembra o fim da Segunda Guerra Mundial, a vitória da democracia contra o nazismo, portanto, é história da humanidade. E ainda escolheram o nome de um esporte totalmente alheio aos costumes sertanejos. Que alienação! O outro crime, mais modesto, foi a “destruição de uma relíquia”, como a qualificou Chico Rolim, ao anunciar o arrependimento, 40 anos depois de praticá-lo, na condição de cúmplice de Hildebrando Assis.
Por um triz, não ocorreu um crime derivado, a morte por enfarto de Cristiano Cartaxo, que sequer teve a solidariedade de Deusdedit Leitão na tentativa de evitar a “loucura iminente”. Mais tarde, em momento infeliz, Deusdedit justificaria sua posição usando o argumento, sussurrado baixinho, de ser a casa muito modesta para a grandeza de Mãe Aninha... Coube a Chico a dignidade de proclamar bem alto seu próprio erro.
Chico Rolim teve na política uma ascensão meteórica. Vereador pelo Partido Social Democrático (PSD), em 1959, e prefeito quatro anos depois, pela legenda da União Democrática Nacional (UDN), quando venceu três concorrentes: Acácio Braga Rolim, Raimundo Ferreira, e o major Zé Leite, das Areias. Na época, estudante de direito na Bahia, em férias, no dia da chegada a Cajazeiras subi no palanque de Raimundo e lancei um slogan que provocou o maior rebu na família. Mas isso é outra história. Hoje o homenageado é Chico Rolim em seus 90 anos de atribulada vida. Homenagem justa, merecida.
P S – Li e reli esta crônica para um amigo. Ele deu uma gargalhada: bem feito, foi castigo, com menos de 50 anos o Tênis Clube envelheceu... E só resiste graças à tenacidade de Rubismar Galvão, aliás, preocupado em manter a tradição... 




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Centenário de João Jurema

por Francisco Frassales Cartaxo
O cajazeirense João Guimarães Jurema teria completado cem anos no dia 25 de outubro passado. Filho do juiz JoaquimVictor Jurema e de Cecília Ferreira Guimarães, João Jurema estudou em Cajazeiras, Fortaleza e Recife onde concluiu o curso de direito em 1935, justo num tempo de muita efervescência política em Cajazeiras. Em 1935 houve a primeira eleição direta e secreta para prefeito, sob o controle da recém-criada Justiça Eleitoral, fruto do movimento revolucionário de 1930. Naquele pleito saiu vencedor o coronel Joaquim Matos, derrotando o médico Vital Cartaxo Rolim, filho do coronel Sabino Rolim, até então o mais poderoso e prestigiado chefe político de Cajazeiras no século 20.

A mãe de João Jurema, dona Cecília, era filha do português José Ferreira da Silva Guimarães, conhecido como Cazuza Guimarães que, sob o mando da oligarquia de Álvaro Machado, foi vereador e vice-prefeito ao lado do coronel Justino Bezerra. A Rua Coronel Guimarães lhe presta homenagem, da mesma forma que a Rua Victor Jurema. O avô materno de João Jurema era coronel político, o pai foi juiz. Pois bem, com tal ascendência e portando diploma de curso superior, numa época em que formar-se era tremendo desafio, a entrada do jovem advogado na vida pública foi inevitável. E mais, João Jurema casou em 1945 com uma neta do coronel Matos, Ilina Matos, filha de Adalgisa Matos e Aprígio Gomes de Sá.

Antes de eleger-se deputado estadual em 1947, porém, João Jurema, exerceu a profissão de advogado, presidiu o Excelsior Club por mais de um mandato e dirigiu o jornal Estado Novo, desde sua criação, em junho de 1939, até transferir a direção a Cristiano Cartaxo, em 1942 ou 1943. João Jurema concorreu à Assembleia Estadual Constituinte, em 19 de janeiro de 1947, na legenda da UDN, sendo eleito com 2.551 votos. Oitavo lugar na Paraíba e o primeiro em Cajazeiras, onde obteve mais de 1.600 votos, distante dos 904 sufrágios dados a Hildebrando Assis e dos 72 votos de Ivan Bichara Sobreira, cuja base eleitoral era Guarabira, terra de sua esposa. Aquele trio cajazeirense foi eleito na mesma eleição, fato raríssimo em nossa história política!

João Jurema teve destacada atuação como parlamentar. Vice-presidente da Assembleia, marcou presença na Comissão Constitucional como um dos relatores responsáveis pela elaboração da Constituição do Estado. Foi, todavia, seu único mandato eletivo. Com a vitória de José Américo de Almeida para governador, em 1950, ele assumiu a Secretaria das Finanças e, em 1954, foi nomeado Procurador da República, cargo que exerceu até sua aposentadoria em 1982. Nesse período foi também Procurador Eleitoral, prestando relevantes serviços no Tribunal Eleitoral da Paraíba durante 28 anos. João Jurema abraçou também o magistério, ensinando na Universidade disciplinas no campo das ciências jurídicas.

Faleceu em 11 de maio de 1995, em João Pessoa, deixando viúva Ilina Matos e os filhos Walber, Vânia, Walberto e Maria Vilma, além de vários netos. No ano de seu centenário de nascimento, familiares e amigos lhe prestam justa homenagem, como sucedeu em João Pessoa. A ela me associo com esta singela crônica, tendo na memória a lembrança guardada da infância: um cidadão, alto, sério, compenetrado, de andar macio e gestos sóbrios.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cajazeiras perde forças

No inicio dos anos setenta escrevi para o jornal Tribuna da Paraíba, editado em Cajazeiras, que teve vida efêmera, uma série de artigos com o titulo “Cajazeiras, cidade do já teve”, que não agradaram o prefeito da época, o meu prezado amigo Francisco Matias Rolim, que na minha humilde opinião, foi o maior prefeito de todos os tempos de Cajazeiras e que a História Política e Administrativa, quando um dia for escrita, vai comprovar o que eu estou dizendo. Basta citar um único fato: a modernidade chega a nossa cidade através da garra e da visão deste cidadão, que ama esta cidade acima de tudo.
Naquela época nós perdíamos dois importantes equipamentos: as linhas aéreas e o trem e no setor de educação as Irmãs Dorotéias e os Padres Salesianos, que entregavam as direções dos Colégios Nossa Senhora de Lourdes e Padre Rolim fatos que considero como uma perda irreparável para o ensino de Cajazeiras. No setor comercial foi fechada a concessionária Chevrolet. Na agricultura a “praga do bicudo” acabou com a produção de algodão, nossa principal força econômica e provocou uma ruptura ainda hoje não sanada na economia do município.
Isto é passado, mas infelizmente não tem sido fácil, nem vislumbro, num futuro próximo, a construção de um debate sobre as potencialidades de nosso município. Algumas iniciativas foram tomadas, a exemplo do MAC - Movimento dos Amigos de Cajazeiras, mas os espaços de viabilidades em favor de nossas pretensões, embora exista muita boa vontade, têm sido pequenos.
As nossas autoridades não têm demonstrado decisão política, comprometimento e criatividade para reverter o fosso econômico, no sentido de diminuir as desigualdades sociais históricas e a falta de uma discussão contemporânea as aprofundam ainda mais.
Cajazeiras tem sido forte no setor de serviços, principalmente na área de educação, mas necessário se faz de entrarmos em novos nichos, mas nos tem faltado incentivos, união política, geração de envolvimento e talvez a falta de talentos e de agentes políticos com visão futurista.
Não temos feito mais do que o trivial feijão com arroz: calçar ruas, reformar praças. Não temos visto um programa arrojado de combate ao analfabetismo, principalmente entre os jovens na idade de ingressar no mercado de trabalho, porque só nesta faixa temos 10.700 analfabetos (na cidade que ensinou a Paraíba a ler?), além de uma política pública arrojada de habitação popular e de criação e geração de emprego e renda.
Esta cidade já deu um exemplo nunca visto em cidade nenhuma da Paraíba, quando todos se uniram em defesa do Curso de Medicina. Lembram que até o Presidente Lula e o Vice José Alencar receberam em seus gabinetes filhos de Cajazeiras defendendo a idéia? Lembram que numa mesma mesa, em Brasília, se sentaram deputados, senadores e o governador do estado, todos de diferentes partidos para dizer ao Ministro da Educação que queríamos o curso de medicina?
Estariam faltando: União? Envolvimento? Movimento? Contestação? Motivação? Compromisso com o povo? Homens públicos comprometidos com a cidade para que haja engajamento para novas lutas em defesa desta terra que tanto queremos bem?
Estamos perdendo forças? Basta passar os olhos sobre a nossa posição, que antes era a 5ª, e vê em que colocação está hoje em recolhimento de ICMS no estado.
Ah minha querida Cajazeiras como eu gostaria de te vê em patamares bem mais elevados
Professor José Antônio de Albuquerque

domingo, 11 de novembro de 2012

Primeira Comunhão de D. Moisés Coelho

O nosso primeiro bispo, o cajazeirense D. Móises Coelho, recebeu a primeira comunhão das mãos do Padre Inácio de Sousa Rolim, fundador da cidade de Cajazeiras.
Foi o Padre Rolim o responsável pela inclinação de D. Moisés para o mi- nistério sacerdotal, talvez uma premoni- ção da criação da futura dioceses de Cajazeiras, a seguni- da da Paraíba e uma das primeiras do interior do Nordes- te, já que em 1914, no dia 6 de fe- vereiro, São Pio X cria a nossa diocese e neste mesmo ano, no dia 6 de novembro, o Papa Bento XV, nomeia o 1º bispo de Cajazeiras, Dom Moisés Coelho, que toma posse no dia 29 de junho de 1915, na Matriz Catedral, a antiga capela de Mãe Aninha, que já havia passado por uma grande reforma no ano de 1888 e outra em 1915, quando foi instalada a diocese. Premonição ou não, não há um cristão que duvide de que a honrosa escolha se deveu ao prestígio do Padre Rolim.
Da obra “Perfil Biográfico de Dom Moisés Coelho” do Prof. Cônego Major PM Eurivaldo Caldas Tavares - 1977