quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Serviço Social, pela ex-aluna Iêda Félix Gualberto


40 anos de FACIC, por Francisca Pereira Silva Almeida, aluna, pag. 04

Serviço Social, por Prfa. Francineide Fernandes de Lucena

A FESC ONTEM E HOJE, por Dom José González Alonso, pág. 02



FAFIC HISTÓRIA, pelo professor Francisco das Chagas Amaro, pag. 03


Perfil do Curso, "Ciências Contábeis" pela Prfa. Simone César, pag. 04

Parabéns, FAFIC! por Pe. Janilson Rolim, Profa. Fernanda da Silva Chagas e o aluno Pedro Xavier Filho


terça-feira, 15 de novembro de 2011

A relação ao patrimônio histórico tombado pelo IPHAEP, em Cajazeiras

A relação ao patrimônio histórico que é catalogado e tombado pelo IPHAEP, em Cajazeiras sob a proteção do Decreto n. 25.140, de 28 de junho de 2004, pode-se afirmar que está constituído basicamente por um acervo material e arquitetônico, composto pelo centro histórico inicial da cidade e alguns monumentos isolados considerados pelo referidodocumento e pelo Instituto como de importante valor para a memória e a história locais. São eles:
• Delimitação do Centro Histórico Inicial da Cidade de Cajazeiras 

• Estação Ferroviária de Cajazeiras 
A Antiga Estação Ferroviária de Cajazeiras – o trecho da ferrovia Rede Viação
Cearense começou a funcionar em Cajazeiras em 05 de agosto de 1923. Já o edifício da estação foi inaugurado somente em 03 de setembro de 1932. Foi desativada como ramal da
R.V.C. em 1971. Tombada em 2001 pelo IPHAEP, segundo o professor José Antonio de
Albuquerque, desde 1972, o prédio se encontra sob a administração da atual Universidade
Federal de Campina Grande e abriga o Núcleo de Extensão Cultural – NEC, do Campus de
Cajazeiras.


• Cajazeiras Tênis Clube 

O Cajazeiras foi Tênis Clube construído em 1954 no local onde existia a antiga casa da
fazenda da família do Padre Rolim. A demolição da velha casa para tal empreendimento foi
motivo de protestos por parte da população local, mas nada  pôde ser feito. 
Ao longo das décadas de  1970 e 1980 o referido clube foi palco de muitos eventos sociais na cidade de Cajazeiras com destaque para os carnavais, os tradicionais concursos de beleza e o baile de debutantes, no qual eram apresentadas as futuras “damas” da sociedade, evento que ocorria de dois em dois anos e era bastante disputado pelas moças das famílias de melhor poder  aquisitivo de Cajazeiras. Atualmente se encontra em decadência e deterioração
A respeito da demolição da velha casa, o ex prefeito Francisco Matias Rolim relata, em suas memórias, como se deu sua participação no referido acontecimento, bem como as manifestações da sociedade cajazeirense contra o ato (Do miolo do Sertão, 1998, p. 96-97).
 
• Praça Nossa Senhora de Fátima. 
 A Praça Nossa Senhora de Fátima, considerada a primeira Praça de Cajazeiras, nos
tempos iniciais da cidade era uma pequena artéria que tinha o nome de Rua do Cruzeiro, em referência a existência de uma velha cruz que havia no local, ao longo de sua existência Passou por várias reformas, mas foi em 1930, na gestão do então prefeito Hildebrando Leal que foi transformada, de fato, em praça publica e teve erguido o Coreto que até hoje se encontra no centro do logradouro. 

De acordo com o professor Antonio de Souza na época a praça era: 
"o ponto chique da cidade, o local de atração do  povo, o centro de
manifestações cívico-religiosas e sociais da comunidade, onde se realizavam
aos domingos, dias santos e feriados, alegres retrêtas, sob os acordes
maviosos da banda de música local, com a presença elegante do mundo
social cajazeirense". (SOUZA, 1981, p. 46)

Em 1952, o prefeito Otacílio Jurema ampliou a praça com a demolição das velhas casas
que se encontravam em seu redor, mas foi somente no último mandato do prefeito Francisco Matias Rolim (1977 - 1983) que ela recebeu seu aspecto atual.  

 
• Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima 

A Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, originária da primeira capela da cidade de
Cajazeiras, erguida ainda pela Mãe Aninha em 1834, tinha como padroeira Nossa Senhora
da Piedade e, com a criação da Diocese, em 1914, subiu ao posto de Catedral, que só mudou  com a inauguração da  nova igreja em 1957. A partir de então a Igreja Matriz tornou-se Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, por decreto diocesano de 12 de janeiro de 1957 que perdura até os dias atuais. Ao longo de sua trajetória, a Matriz passou por várias reformas, especialmente, na parte interna que, de acordo com pessoas conhecedoras da história da cidade, acabaram por descaracterizar seu aspecto original. Segundo consta da memória dos cajazeirenses é também nessa igreja que se encontram sepultados os restos mortais do fundador da cidade – o Padre Inácio de Sousa Rolim, embora não se saiba ao certo se do lado direito ou esquerdo do altar mor
.

• Praça Ana Albuquerque (Mãe Aninha) 
• Colégio Nossa Senhora de Lourdes
 
Praça Ana Albuquerque (Mãe Aninha), localizada também no centro da cidade está
situada em frente ao Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Antigo Colégio Padre Rolim).
Segundo dados colhidos no Livro de Tombo da Diocese n° 1, folha 19, a Praça Mãe Aninha
foi o palco das comemorações do centenário do início da construção do Colégio Padre Rolim, evento ocorrido em 22 de agosto 1937, ocasião em que foi inaugurado o monumento central da praça, em homenagem ao Padre Rolim, local em que, segundo informações do referido livro foram depositadas as cinzas da Mãe Aninha pela ocasião da comemoração acima citada.
O atual Colégio Nossa Senhora de Lourdes, inaugurado em 1843, foi na realidade o
Colégio através do qual, o Padre Rolim iniciou suas atividades educacionais em Cajazeiras, ou seja, o primeiro Colégio Padre Rolim. Em 1921 o colégio se tornou Escola Normal. entre 1928 até meados da década de 1980. Foi na década de 1930, no bispado de Dom João da Mata, que o prédio de Colégio passou por reformas, recebendo um andar superior. O nome Nossa Senhora de Lourdes passou a designar o Colégio apenas por volta de 1952. Embora não se tenha conhecimento de uma determinação legal para isso, deduzimos apenas que essa mudança de nome se deveu à própria religiosidade das irmãs que conduziam o colégio. 
A partir de 1990, a instituição de ensino passou a ser administrada pela Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS), provenientes do Rio Grande do Sul, e que até hoje se encontram à frente da instituição. 

• Colégio Diocesano Padre Rolim 
Já o Colégio Diocesano Padre Rolim teve iniciada sua construção em 1934, no local
onde existia uma antiga casa de caridade daquelas que o Padre Ibiapina espalhou pela
Região Nordeste. No início, contava com um prédio em dois pisos. Somente por volta da
década de  1940 é que foi erguida a capela Nossa Senhora Auxiliadora, já pelos padres
salesianos que estiveram à frente do Colégio até o início da década de 1960.
Atualmente o prédio do extinto colégio abriga a Faculdade de Filosofia, Ciências, Letras e Artes de Cajazeiras – FAFIC, que é mantida e administrada pela Diocese.


• Catedral de Nossa Senhora da Piedade 

A Catedral de Nossa Senhora da Piedade teve lançada sua pedra fundamental, em 1937, mas ficou durante 20 anos em obras antes de terem iniciadas suas atividades paroquiais. Subiu ao posto de Catedral em 1957, quando recebeu em procissão solene a imagem da padroeira, Nossa Senhora da Piedade, da antiga Catedral (atual Matriz de Nossa Senhora de Fátima). A partir de então, iniciou suas atividades religiosas, embora as obras de construção só tenham sido concluídas nas décadas posteriores.
Recentemente, a Igreja sofreu reformas em seu espaço interno o que descaracterizou os altares e santuário, em relação ao restante da estrutura arquitetônica original da parte interna da Igreja.

• Palácio Episcopal 

O Palácio Episcopal, construído no bispado de Dom Moisés Coelho, entre os anos de 1915 e 1932, a sede da Cúria Diocesana, em conjunto com a capela lateral, formam um conjunto arquitetônico imponente, sendo um dos exemplares mais bem conservados do patrimônio arquitetônico e histórico de Cajazeiras no que se refere aos aspectos originais, tanto interna como externamente. O edifício passou recentemente por um processo de restauração de seu interior.

• Praça Cardeal Arco Verde 

A Praça Cardeal Arco Verde fica localizada em frente à Igreja Catedral e ao palácio episcopal. Sua construção data da mesma época da construção da igreja, seu nome foi escolhido em homenagem ao primeiro Cardeal da América do Sul, que era ex aluno do Colégio do Padre Rolim em Cajazeiras (SOUZA, 1981, 49). A praça se constitui em um local amplo e ajardinado que, ao longo dos anos, tem servido de espaço de sociabilidade entre amigos e familiares que se reuniam/reúnem após as missas, além de ponto de encontro de casais de namorados.

• Prefeitura Municipal 
• Praça Dom João da Mata 


A Prefeitura Municipal de Cajazeiras foi construída na gestão de Otacílio Jurema, inaugurada ainda na década de 1950 na Praça Dom João da Mata também conhecida como Praça do Congresso por ter sido este, o local da realização do I Congresso Eucarístico Diocesano da cidade em 1939.
O evento foi comandado pelo então bispo de Cajazeiras, Dom João da Mata, por isso a homenagem da cidade. A praça abriga um monumento também inaugurado em 1939 como marco comemorativo ao Congresso Eucarístico, acontecido no local.

• Seminário Nossa Senhora da Assunção 

• Escola Profissional Monte Carmelo 


Edificação construída na década de  1960, o prédio abriga tanto a Escola Profissional Monte Carmelo, como a Congregação das Irmãs Missionárias Carmelitas que a administram. Embora exista desde 1982 um convênio entre a congregação das irmãs missionárias e o governo do Estado, possibilitando o oferecimento do Ensino Fundamental do 1° ao 5º ano, no relato das irmãs sobre a história da instituição fundada em 1938, a congregação já oferecia serviços de instrução à juventude cajazeirense. Aulas de alfabetização, trabalhos manuais, corte e costura e prendas domésticas faziam parte do currículo que, por aquela época funcionava na escola. Contudo, de acordo com a Irmã Araújo, atual diretora do Carmelo, as dificuldades financeiras obrigavam a escola a funcionar em caráter particular, contando com a colaboração dos pais dos alunos e da sociedade para o andamento de suas atividades.

• Morro Cristo Rei

O Morro Cristo Rei se encontra cadastrado na lista dos bens patrimoniais tombados pelo IPHAEP em Cajazeiras, embora seja caracterizado como área de preservação, abriga uma comunidade de moradores bastante numerosa. O monumento ao Cristo Redentor, colocado no alto do morro em 1939, por ocasião do I Congresso Eucarístico Diocesano, também é reconhecido como patrimônio histórico da cidade. Contudo, a quantidade de antenas existentes no local tem ofuscado a beleza da estátua, que é uma réplica do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Apesar de ser parte do acervo do patrimônio histórico da cidade, nenhuma política de reparo com relação a esses danos tem sido anunciada pela administração municipal ou pelo próprio IPHAEP.
• Praça Coração de Jesus
Praça Coração de Jesus, antiga Praça dos Carros, essa denominação era quase toda de inspiração popular, sem nenhuma ingerência do poder público municipal. Só, no início do século passado, a edilidade começou a se preocupar com a denominação de logradouros públicos, numerando os prédios neles existentes. Vem dessa época a denominação de Rua Padre José Tomaz que era, já àquele tempo, uma das artérias mais movimentadas da cidade, pela sua localização no trecho de maior atividade. Foi calçada, a paralelepípedo, pelo Prefeito Joaquim Gonçalves de Matos Rolim. do prefeito Francisco Matias Rolim, ganhou pavimentação asfáltica. (Extraído do livro Ruas de Cajazeiras, Deusdedit Leitão, 2005, pag. 18 e 19)

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Vale salientar que, dentro do perímetro da demarcação do centro histórico da cidade, encontram-se várias outras edificações de destaque que estão citadas e mostradas em fotografias, na dissertação, bem como outras praças, a Praça Coronel Matos, onde acontece atualmente a chamada Feira da Fruta; a Praça Galdino Pires; cujo nome homenageia um dos mais antigos produtores de algodão e proprietário de usina de beneficiamento do produto na cidade.

Fonte: Dissertação (Mestrado) – UFPB/CCHLA. Dissertação de Mestrado  da Professora  Eliana de Souza Rolim, João Pessoa, 2010

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Dia de Finados na minha infância!

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas, portanto, um dia de oração pelos entes queridos que partiram para a eternidade. Isto para os adultos, para a meninada era um dia de muita animação, juntar a cera derretida das velas acesas e fazer uma bola de cera, quem conseguisse fazer a maior era invejado pelos outros. Seu Tinino, um negro alto e magro, neste dia não levava a sua carrocinha encarnada, com portinholas de vidro e com a sua buzina (gritando TININO!) para frente do Cine Éden, mais lucrativo era a porta do cemitério, onde estava reunida a maior parte da criançada da cidade, ó carrocinha apetitosa com chicletes Ping-Pong, amendoim torrado, balas juquinha e pipoca. Havia outros concorrentes como o seu Clarindo da carrocinha de picolé da Walmor, o de coco era o preferido. O rapaz com a sua tábua de pirulito. Mais outro com algodão-doce, a velhinha vendendo rolete de cana, e outros que me fogem à memória.
Os pais para se livrarem da chatice dos filhos eram mãos-abertas e a fartura corria solta.
Mas no meio desta algazarra toda, a meninada não se esquecia de ir várias vezes ao túmulo da menina da serpente (ver foto). Há a lenda de que esta menina morreu por ter dado língua para a mãe e, como castigo divino, tinha virado uma serpente. O medo maior era que o túmulo se rachasse e a serpente soltasse alguma escama... pronto... o mundo se acabaria. Era tão verdadeiro que se podia escutar o barulho da serpente se mexendo, bastava encostar o ouvido no teto do túmulo e ouvia uns ruídos (semelhante àquele produzido pelos búzios) e saía correndo, tanto que batia o pé na bunda. 



Foto: Eduardo Pereira
Esta lenda é tão forte na nossa cidade que se fez uma recordação durante o desfile cívico deste ano da Cidade de Cajazeiras (22 de agosto)

sábado, 22 de outubro de 2011

Dr. Dingo e a minhas lembranças

Quando passo em frente ao Estádio Higino Pires Ferreira e vejo na esquina o edifício da Cervarp, constato com tristeza a lembrança que me vem à memória que naquela casa morava Dr. Dingo Sobreira. Para quem não é cajazeirense não significa nada, até para os mais jovens cajazeirenses. Atrás da casa de Dr. Dingo era os fundos da casa Major Galdino com a sua vistosa e portentosa caixa d’água que me lembra os tempos que Cajazeiras não tinha água encanada.
Dr. Dingo, salvo se a memória não me falha, junto com Dr. Abdiel Rolim eram os únicos dentistas de Cajazeiras. Aliados a eles haviam vários práticos reconhecidos legalmente, coisa hoje inexistente por força da Constituição de 1988.
Antonio Dentista, Dudu, Valdeci e os mais novos como o Sinfrônio, Sinval e Zé Alme, entre outros, 3 pela força da profissão galgaram cadeira na Câmara Municipal. Dr. Abdiel por ser formado já foi mais longe, elegeu-se duas vezes vice-prefeito em candidaturas independentes, chegando a assumir interinamente a Prefeitura por doença do então prefeito Francisco Matias Rolim.
Claro que tudo escrevi anteriormente é uma homenagem aos nossos antigos Tiradentes, formados ou não, na pessoa do saudoso Dr. Dingo que marcou indelevelmente a profissão dos odontólogos. Tinha o seu consultório na Rua Tenente Sabino, defronte à tradicional barbearia do Fernando Simão. Lembro-me do seu consultório, uma casa residencial transformada no seu consultório. Na entrada a recepção e ao lado a salda onde ele atencia os clientes com suas três janelas com vitrais multicoloridos. Dr. Dingo era filho de um comerciante tradicional, Sr. Chico Sobreira, dono da tradicional Casa Moderna, loja de aviamentos, logo no início da Rua Juvêncio Carneiro defronte á Praça Coração de Jesus.