segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

20 anos de saudade- João Batista Braga Barreto

Por  Vicente de Sousa Barreto Neto
João Batista Braga Barreto, Batista de Vicente Barreto, nasceu em 10 de Junho de 1943, filho de Vicente de Souza Barreto e Maria de Lourdes Guimarães Braga Barreto. Iniciou os estudos em Cajazeiras e aos 14 anos deslocou-se para Recife para fazer o segundo grau. Em 1968 teve que retornar a Cajazeiras, devidos a problemas de saúde de seu pai, aqui se formou em Filosofia.
Batista em campanha para presidente do tenis clube,
Foi forte líder estudantil da A.U.C., famosa e tradicional Associação Universitária de Cajazeiras, onde ocupou diversos cargos. Foi presidente do Cajazeiras Tênis Clube,quando das suas gestões  fez uma verdadeira transformação naquele sodalício, ampliou seu salão de Festas em 100%, construiu o Parque Aquático, fez uma área de lazer para eventos menores, inclusive uma academia, fez mais uma secretária, e conseguiu reerguer um clube desacreditado, tornando-o destaque na Paraíba, com seus famosos carnavais onde a decoração chamava a atenção de todos pela sua beleza, além das orquestras Super O´hara, Uiraunense de Frevo que sempre abrilhantavam o Carnaval, Réveillon, Micareta ( festa da Páscoa ), São João, Dia das Mães,churrascos para Sócios, além das maratonas de bicicletas para a população em geral.
Na 1ª comunhão dos filhos com a mãe D. Lourdes e esposa 
Foi presidente do Grêmio Artístico a convite, apenas com o intuito de ajudar, onde com o Amigo Eudes Cartaxo, e com a ajuda de alguns amigos executou a sua primeira grande Reforma, com ampliação e recuperação do prédio como um todo.
Foi secretário de Obra e Urbanismo de Cajazeiras, fazendo um belíssimo trabalho, entre eles, reformando toda a rede de esgotos da cidade, abrindo a ruas promovendo novas frentes de desenvolvimento da cidade.
Foi Rotariano, Agro-pecuarista, Auditor Fiscal radicado na Coletoria de Cajazeiras e em Catolé do Rocha, construtor construindo o primeiro Edifício Residencial de Cajazeiras ao lado da UFCG.
Casou-se com Maria Vilmar Rolim e teve 2 filhos, hoje já formados e pessoas dignas, Vicente de Souza Barreto Neto ( Arquiteto) e Vanessa Rolim Barreto Cavalcante ( Médica otorrinolaringologista).
Morreu aos 48 anos de idade em 26 de Janeiro de 1992,e foi aquela pessoa que acima de tudo tinha a arte de fazer amigos.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Após mais de 3 décadas estádio Higino Pires realiza uma partida de futebol no período noturno

Uma data para ficar marcada na história do futebol de Cajazeiras.
Após mais de três décadas, o estádio Higino Pires Ferreira localizado no centro da cidade, pode realizar uma partida de futebol no período noturno.
A alimentação dos refletores cedidos para o evento, foi feita através de um gerador de energia, que proporcionou bola rolando nesta quinta feira (19) numa noite muito comemorada por todos.
Segundo os historiadores, a primeira iluminação do Velho “Ginispire” com muitos carinhosamente chamam, foi entregue pelo então prefeito Francisco Matias Rolim (Chico Rolim) que inaugurou o grande benefício para a cidade entre as décadas de 70 e 80.

Ex-prefeito chico Rolim
O estádio que já foi palco de grandes embates futebolísticos nos tempos áureos do futebol da terra do Padre Rolim, recebeu um bom número de desportistas que compareceram para acompanhar a partida amistosa entre as equipes do Brita e Paraíba.

Equipe do Santos de Cajazeiras
A iniciativa de realização da partida, partiu do empresário e presidente do Paraíba Esporte Clube Tico Miudezas e da Liga Cajazeirense de Futebol através do seu presidente Nego Dias, e a arrecadação foi em pró da compra dos refletores do estádio.

Pedro Revoltoso e Zé Gonçalves
No final o placar do jogo foi Paraíba  5 X 0 Brita.
Blogdofurao.com
Fotos: Ângelo lima, Blog AC2B e setecandeeiros



domingo, 15 de janeiro de 2012

Uma vez por semana

por Francisco Frassales Cartaxo
A VOZ DO SERTÃO
   Cajazeiras sempre teve muita audácia em matéria de comunicação. Ainda no tempo dos ser- viços de alto-falantes, na pré-história do rádio ca- jazeirense, os pioneiros já se revelavam ousados. Os serviços de alto-falantes exerciam enorme influên- cia na rotina da cidade, a- través da propagação de música popular, de no- tícias, sobretudo, em cam- panhas eleitorais, numa época em que havia poucas casas com aparelhos de rádio para captar, com enorme dificuldade, as transmissões do Rio, São Paulo, Recife, Salvador, Fortaleza ou Campina Grande. Menino de calça curta, eu ia correndo, muitas vezes, para ficar próximo de uma das caixas de som, atraído por noticiário ou pronunciamento político, sempre precedido de música “patriótica”, como a que Chico Cardoso usa em seu programa político. As falas do advogado José Rolim Guimarães faziam enorme sucesso.
   José Adegildes Bastos, um dos pioneiros da radiofonia em Cajazeiras, me levou para treinar locução na antiga DRC - Difusora Rádio Cajazeiras, nos altos de Carvalho & Du- tra na Avenida Presidente João Pessoa. Coisa simples. Entre uma música e outra, a gente lia uma série de pequenos anúncios, redi- gidos por ele mesmo ou al- guém com habilidade, embora sem técnica de comunicação, salvo a capacidade de copiar o que ouvia pelo rádio ou lia em jornais e revistas. O noticiário também era copiado dos jornais e da escuta de emissoras de outras praças, como bem registra Lúcio Vilar em seu livro “Janelas da sedução cotidiana”, estudo de motivação acadêmica de agradável leitura.
   Em 1955, Zé Adegildes (foto) e eu, re- solvemos lançar um programa novo, na verdade, u- ma imitação caricata do então famoso “Com a Boca no Mundo”, salvo engano, do jornalista Raul Brunini, da Rádio Globo, do Rio. (Nada a ver com a coluna de Eutim Rodrigues, claro...) Chegamos a pensar em dar ao nosso programa o nome de “Com a Boca na Cidade”. Aí já era papagaiar demais! Ficamos com o discreto “Uma Vez por Semana”, que ia ao ar no domingo à noite, com notícias, crônicas, comentários e uma entrevista política. José Leo- poldo de Souza, ex- seminarista, escrevia crônicas abordando temas ligados à diocese. Eu me encarregava da en- trevista. Ao contrário da dinâmica de hoje, encaminhava ao convidado a pauta por escrito.
       Entrevistei algumas personagens em evidência. A memória nublada não me permite ho- je lembrar quantos foram. Com certeza foi en- trevistado o advogado Hildebrando Assis, ex- deputado constituinte de 1947, ao lado de Ivan Bichara e João Jurema. O prefeito Otacílio Jurema foi insistentemente convidado, mas sequer dava resposta aos pedidos encaminhados. No auge do prestígio, arredio a microfone, O- tacílio devia encarar o convite como um ardil oposicionista, muito embora as críticas feitas a sua gestão fossem elegantes e suaves, até porque a DRC pertencia à firma Carvalho & Dutra, cujo sócio principal tinha ligação familiar com os Jurema. Otacílio não foi ao programa e, de quebra, articulou seu es- vaziamento junto a Antônio Carvalho e a Mozart Assis (foto)...
      “Uma vez por Semana” teve curta duração. Minha experiência como “jornalista-entrevistador” morreu no nascedouro, limi- tando-se à leitura de anúncios comerciais pre- parados pelo incansável batalhador José A- degildes Bastos (foto). E, vez por outra, encher o peito, impostar a voz e, orgulhoso, largar no ar: “Difusora Rádio Cajazeiras falando para os quatro cantos da cidade”...