domingo, 23 de setembro de 2012

Cinco anos sem o Major Chiquinho, o seresteiro que Cajazeiras jamais esqueceu

- Olhe, nós, eu fazia serenata do sábado para o domingo nas noites enluaradas acompanhado de Dimas Sobreira Andreolla e Cícero mucuinho (violonista) .... e houve uma moça  que chorou quando em cantei um samba.(...) Eu gostaria de voltar àquele tempo. Porque a vida só é boa quando a gente vive as primeiras ilusões. 
(Major Chiquinho)
 - “E eu sou cantor. Quer que eu cante uma valsa pro sr. ouvir? Música de Augusto Calheiros (...) Eu comecei a beber com 17 anos. (Major Chiquinho) 
- Naquela época, que eu me entendia como gente, as pessoas só andavam todas completas: chapéu, gravatiha de laço... Hoje, se eu sair na rua daquele jeito o povo pergunta logo: ‘vai votar major Chiquinho? (Major Chiquinho)  
- Dia de domingo ia a orquestra tocar na estação de trem. Aquelas moças... Juarez Távora acabou com a ferrovia, na época da Revolução. Foi um crime. (Major Chiquinho) 
Francisco Assis de Sousa, Major Chiquinho, era assim que gostava de ser chamado, nascido na cidade de São José de Piranhas em março de 1926. Com apenas 15 anos de idade foi vendedor de garrafas em Cajazeiras, logo depois trabalhou com os tios num comércio de estivas e cereais, foi seresteiro, em 1949 casou com a cajazeirense Dona Maria com quem teve 11 filhos, já casado trabalhou nas lendárias Lojas Pernam-bucanas, foi presidente do Clube dos Comerciários, fui secretário do Círculo Operário de Cajazeiras. Em 1953 ingressou na Fazenda Pública da Paraíba, como agente fiscal, exerceu o cargo de coletor nas cidades de Uiraúna, Sousa e Cajazeiras. Foi agraciado com o título de cidadão cajazeirense e uiraunense, sendo reconhecido como um grande amigos das pessoas mais simples aos mais poderosos, para ele não havia distinção.

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