Já lhes falei, aqui mesmo na Coluna, que, na passagem dos anos 40 para os anos 50 do século/milênio passado, a nossa Praça Coração de Jesus, depois de abrigar aí o Cemitério da cidade, transformou-se no “coração comercial” de Cajazeiras. Para mim e para alguns que nos seguem, como diria o Dr. Cristiano Cartaxo, lente da língua de Voltaire, era a belle époque de uma cidade ainda em evolução em busca do progresso.
De passagem pela minha memória, e para relembrar aos que viveram os anos tranquilos do nosso comércio, vêm-nos algumas lembranças de casas comerciais que se estendiam pelas ruas confluentes: Bonifácio Moura, da “Tamarina” e Juvêncio Carneiro (já no final, naquele “beco estreito”).
Não havia supermercados, mas, tão somente, armazéns (Seu Arcanjo, Luiz Gonzaga, Zé Batista, Trajano Lopes, entre outros); mercearias (como a de João Rodrigues, gerenciada por Chico Mamede; Zé Tavares, pai de Dona Biva Maia; Timóteo Pereira; incluem-se aí os “armarinhos” de Seu Chiquinho Sobreira, de Luiz Paulo, de Do-nato Braga) e as bodegas (como as de Gino Maciel, Bra-guinha, Yoyô, Antônio, Juvenal e Jacinto Ricarte, Estelício Diniz, Zuca Ribeiro, Seu Andriola…).
Havia, ainda, por essas bandas, as farmácias de Cézar Rolim, de Aldo Mattos, a Cruz Vermelha; na panificação, o movimento era capitaneado por Seu Zeca da Padaria e Dona Anita e por Joaquim Florêncio. Não podemos deixar de lembrar a Casa Ypiranga, de Álvaro Marques, a loja de Rosendo Bastos e a loja de tecidos de Midu.
Todas essas recordações nos levam a observar a “riqueza“ do nosso dinheiro, num momento em que não se sabia o que era inflação. É que, nessa época, não havia esse dragão que está aí nos rondar e esperar-nos na próxima esquina. Era o tempo em que o seu dinheiro era valorizado, mormente no pandemônio que se instalava na Praça Coração de Jesus, aonde afluíam os habitantes da zona rural e onde se negociavam desde produtos agrícolas a frutas e verduras, faziam-se ou reviam-se amizades sem esquecer o que fazia a alegria da garotada: “macaúba”, pião, doce quebra-queixo, geladinhos…
A moeda eram os réis: um mil réis, dois mil réis, dez mil réis, que, posteriormente, passou a chamar-se de cruzeiro: um cruzeiro, dois cruzeiros e até mil cruzeiros (um “ca-bral”, como se dizia na época).Tempos bons e saudosos!
Crônica de José Antonio Albuquerque publicada no jornal Gazeta do Alto Piranhas.
Havia, ainda, por essas bandas, as farmácias de Cézar Rolim, de Aldo Mattos, a Cruz Vermelha; na panificação, o movimento era capitaneado por Seu Zeca da Padaria e Dona Anita e por Joaquim Florêncio. Não podemos deixar de lembrar a Casa Ypiranga, de Álvaro Marques, a loja de Rosendo Bastos e a loja de tecidos de Midu.
A moeda eram os réis: um mil réis, dois mil réis, dez mil réis, que, posteriormente, passou a chamar-se de cruzeiro: um cruzeiro, dois cruzeiros e até mil cruzeiros (um “ca-bral”, como se dizia na época).Tempos bons e saudosos!
Crônica de José Antonio Albuquerque publicada no jornal Gazeta do Alto Piranhas.
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