O
baldo do Açude Grande de Cajazeiras é um local que pode ser considerado um dos
mais visitados desde o início de sua construção. Baldo, paredão ou passarela do
Açude Grande? Não importa de que maneira seja falado, o que interessa é que o
cajazeirense tem orgulho de ter esse local como grande preferência para
apreciar o pôr-do-sol. Em muitos poemas e poesias, o Açude Grande é citado pela
beleza quando os raios do sol se refletem sob sua água, dando importância e
dimensão do local.
Ao
subir a escadaria do Baldo na Praça João Pessoa, che-gar ao último degrau, a
contemplação da beleza do açude faz com que valeu o esforço naquele mo- mento.
Sentar no banco de cimento do Baldo e tirar fotos do pôr-do-sol de vários
ân-gulos, é beleza pura. Aproveitando este mo- mento de tirar fotos, gira-se em
sentido contrário e fotografa-se a Praça João Pessoa para registrar o seu
cotidiano com o movimento de carros, motos e pessoas.
Além
da beleza que faz o Baldo um ponto turístico, lá, tam-bém, é local para ca- minhada
e passeios, principalmente quando o Açude Grande está com o nível das águas
alto, após chuvas torrenciais que caem sobre a ci-dade. Algumas pessoas também
andam de bi-cicletas neste local.
Outra beleza do Açude Grande são os pastos
verdes que se formam na sua margem, bem como os canoeiros, que fazem pescaria
com suas tarrafas, galões e varas, à procura de um peixe para sua alimentação.
Muitos casais da cidade iam para o baldo assistir o pôr-do-sol e a lua,
enamorar, paquerar e acredito que muitos chegaram a se casar.
O
baldo fazia ligação entre dois clubes sociais da cidade, que eram o Cajazeiras
Tênis Clube e o Clube 1º de Maio. Após a demolição do Clube 1º de Maio, no
local foi construída uma quadra de esportes onde jovens praticam diversas modalidades.
A cidade perdeu um patrimônio da comunidade, bem como o brilhantismo das festas
que eram realizadas naquele sodalício, principalmente na época do Carnaval. Nos
Carnavais de Cajazeiras, principalmente
à noite, era muito grande o movimento das pessoas no baldo do Açude
Grande, naquele vai-e-vem entre os clubes citados, de foliões vestidos a
caráter, diversos, onde se presenciava também os jovens -os asilados e
penetras- que bebiam demais.
Por
outro lado, ganhou uma praça de alimentação com quiosques em frente ao antigo
Clube 1º de Maio, onde o turista pode apreciar a beleza do Açude Grande
saboreando uma cervejinha gelada acompanhada de petiscos, com som ao vivo ou no
telão. A praça citada chama-se Leblon, em homenagem ao Leblon no Rio de
Janeiro.
Já
do outro lado do baldo fica o san- gradouro do Açude Grande com sua ponte de
concreto e com os arcos que ficam nas pontas da ponte. An- tigamente essa ponte
era de madeira com pilastras de sustentação em concreto e na sua extensão como
apoio de proteção nas laterais, cabos de aço. Na época da sangria, nós,
meninada, ficávamos em baixo da ponte pegando piabas que desciam na correnteza.
Neste local, nesta época, era muito grande a presença dos cajazeirenses, devido
ao espetáculo da correnteza que passava em baixo do sangradouro. Após a ponte,
tem a segunda parte do baldo, que vai até os fundos do Colégio Diocesano Padre
Rolim, já de pouca importância em relação a primeira, devido sua localização.
Fico
pensando o seguinte: num futuro bem próximo, saio de Brasília direto para
Cajazeiras a bordo do avião de uma grande empresa aérea, para pousar no novo
Aeroporto de Cajazeiras. Antes de pousar, esse avião passa ao lado do Cristo
Rey, da Catedral e por cima do Açude Grande. E, finalmente, estou na minha
Cajazeiras. “Ô CARRAZÊRA BÔA!”.
jfilho@ebc.com.br
Radialista
Brasília
- DF
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