“CAJAZEIRAS E Minhas Lembranças” compreende um elenco
de fatos e pessoas com que Irismar consegue atingir seu principal objetivo:
resgatar lembranças da Cajazeiras
de outros tempos.
Valeu a pretensão de Irismar que soube,
com muita simplicidade, transportarmos-nos àqueles dias, os quais, segundo
nosso gosto e sentimentos, foram melhores e mais felizes de Cajazeiras; para
nós, é claro. Hoje, as preferências são outras. Mas, assim, é a vida. Que cada geração
viva bem o seu tempo e que usufrua consciente e prazerosamente seus bons
momentos.
As lembranças de Irismar são as de
muita gente que, da mesma forma, sente saudades do passeio na Avenida João
Pessoa, do corso no carnaval, dos blocos carnavalescos e dos bailes no Tênis e
no 1º de Maio; dos cinemas, onde todos se divertiam. Hoje, nossas crianças mais
carentes nem sabem o que é um cinema; do pão de Sahora que, na propaganda,
enquanto vendia o pão à tarde, se passava uma mulher nova, bonita, Sahora
gritava: “O pão bom! O pão bom!” Mas
se era uma velhota (|ue cruzava o seu caminho, ele dizia: “Tá se acabando! Tá se acabando!'’.
São muitas coisas interessantes
que vão sair do baú da memória de muitos que vão ler o livro de Irismar. Vão
relembrar muitas pessoas que já não existem mais, porém cada uma, a seu modo,
contribuiu para compor o rico e maravilhoso cenário de Cajazeiras. Ficarão
conhecendo melhor outros cajazeirenses e cajazeirados que ainda continuam aqui,
dando o seu contributo, com seu exemplo, sua lição de vida, para que Cajazeiras
seja cada vez mais forte, mais livre, mais linda.
Obrigada, Irismar, por ter-me
contemplado com a honra de apresentar “Cajazeiras
e Minhas Lembranças”, que é uma demonstração sincera a esta terra; e vá
em frente, minha amiga, pois é de filha como você que Cajazeiras vai sentir-se
orgulhosa.
Maria Nazareth Lopes
Cajazeiras, maio de 2000
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