Como
Tudo Começou:
A pedra fundamental do Seminário de Nossa Senhora da Assunção foi benta
em Roma, por S. S. o Papa Pio XII, então gloriosamente reinante, no dia 16 de
junho de 1950, Festa do Coração de Jesus.
Transcorria festivamente o dia 22 de agosto, mais um aniversário de
Cajazeiras, comemorando-se os 150 anos do nascimento do seu imortal fundador,
Padre Mestre Inácio de Sousa Rolim.
Naquele ano jubilar de 1950, era chegado, naquela mesma data, o momento
histórico, ardentemente desejado por D. Mousinho, seu Clero e por todos os seus
diocesanos.
Refiro-me a mais um acontecimento inesquecível e de significados
indeléveis do tão famoso 22 de agosto, no calendário cajazeirense. Soara a hora
deveras almejada em que S. Exa. Revma. D. Luís do Amaral Mousinho, de saudosa e
imortal memória, contando com a presença efetiva e afetiva de D. Anselmo
Pietrulla, Bispo de Campina Grande; D. Antônio Campelo, Bispo Auxiliar de
Cuiabá; dos Sacerdotes Diocesanos e Salesianos e das autoridades locais: Prefeito
Arsênio Araruna, Juiz de Direito Antônio do Couto Cartaxo, Presidente da Câmara
de Vereadores,José Bonifácio de Moura e também com a participação de representações
dos estabelecimentos de ensino da cidade e grande massa popular, revestido de
paramentação solene, deu início à cerimônia do lançamento da Pedra Fundamental
do Seminário Nossa Senhora a Assunção.
O Exmo. e Revmo. D. Mousinho entoou, em Canto Gregoriano,e bênção
litúrgica e aspergiu com água benta o local, onde está construído nosso querido
Seminário.
Fizeram-se fotografias. O ato foi saudado com vibrantes e estrepitosas
salvas de palmas. A Banda de Música Municipal executou um dobrado. Houve
espocar de foguetes. Foi entoado, fervorosa e entusiasticamente, o hino
religioso-popular “Queremos Deus”, testemunhando a expansão de fé de todos os
presentes.
O Bispo
Diocesano dirigiu sua palavra de Pastor, com júbilo, sabedoria, eloquência
e amor, afirmando que aquela tarde magnífica, daquele dia solene, constituía
“o mais emocionante momento de sua vida episcopal”, porque talvez nenhum outro
empreendimento mais notável pudesse executar para a sua Diocese.
Na ocasião,
ressaltou a urgente e grave necessidade do recrutamento e orientação das
Vocações Sacerdotais, acentuou a sublime missão do sacerdote, evangelizador dos
povos, propugnador da verdade e sentinela dos direitos humanos.
Formulou ardentes
votos para que o futuro Seminário forjasse corações abrasados como o de outro
Moisés e inteligências brilhantes como a daquele Santo Sacerdote, Padre Mestre
Inácio de Sousa Rolim.
Pediu
insistente e confiante aos diocesanos que elevassem preces ao Altíssimo para
que a semente plantada nascesse, crescesse, florescesse, frutificasse e
safrejasse (sic), abundantemente, numerosos santos sacerdotes para a Igreja de
Deus.
Na
oportunidade, disse, igualmente, que fazia presente ao Seminário de um Cálice
banhado a ouro, recebido como lembrança de sua eleição para Bispo de
Cajazeiras.
Afirmou que
muitos compreendem o valor do Seminário, embora outros existam que não querem
ver a sua alta missão de formar cidadãos que se tornam verdadeiros expoentes
da vida social. Ao finalizar, proclamou em alto e bom som: "Neste
Seminário irá se construir toda a segurança de nosso passado e toda grandeza de
nosso futuro”.
Por sua vez,
agradeceu a generosidade até agora recebida em prol do Seminário a ser
construído, mas ressaltou, de maneira especial, o grande apoio da Prefeitura
Municipal, através da pessoa do seu dinâmico Prefeito Arsênio Rolim Araruna e
da benemérita Câmara de Vereadores, tendo como Presidente o Sr. José Bonifácio
de Moura, pela doação de um terreno de nove (09) hectares, com sua escritura
devidamente registrada no Cartório do Registro de móveis, deste Município, no
qual foi construído o Seminário.
Em seguida,
convidou, D. Antônio Campelo, Bispo Auxiliar de Cuiabá, para usar da palavra,
conclamando toda a Diocese de Cajazeiras cerrar fileiras, ardorosas e
generosamente, na grande cruzada pela causa da construção e funcionamento do
Seminário.
Dom Campelo, conhecedor profundo da fé e da generosidade do povo
sertanejo, concitou os católicos da Diocese a prestarem o mais decisivo e
irrestrito apoio ao empreendimento da criação do Seminário, obra fundamental e
anseio ardente do coração de seu grande Pastor D. Mousinho.
Procedeu-se, finalmente, o lançamento da pedra fundamental que foi
colocada dentro de um tubo metálico “juntamente com objetos da época, quais
sejam Moeda do Brasil e uma do Estado do Vaticano, jornais, etc.”.
O Sr. Bispo depositou o invólucro em um receptáculo especialmente
preparado, selando-se com cimento que os guardará à posteridade. Tudo foi
depositado e acompanhado de um original da Ata da solenidade, escrita pelo
Padre Américo Sérgio Maia, Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade e
Cura da Sé.
Convém notar que antes de ser depositado o original da referida Ata, no
aludido receptáculo, foi extraída da mesma uma cópia, naquele momento, como
perpétua memória daquela ocorrência verdadeiramente histórica.
Cumpre-me, ademais, registrar que assinaram aquela ata, após sua leitura
e aprovação, os Exmos. Srs. Bispos, sacerdotes e autoridades presentes, a
saber: D. Luís do Amaral Mousinho, D. Anselmo Pietrulla, D. Antônio Campelo,
Arsênio Rolim Araruna, Prefeito Municipal; Dr. Antônio do Couto Cartaxo, Juiz
de Direito da Comarca de Cajazeiras; José Bonifácio de Moura, Presidente da
Câmara Municipal; Mons. Abdon Pereira, Padre Osias Teixeira Leite - SDB, Padre
Zacarias Rolim de Moura, Padre Oriel Antônio Fernandes, Padre Mário Balbi -
SDB, Padre Luís Laires da Nóbrega e Padre Américo Maia.
FESTA DE INAUGURAÇÃO
No dia 30 de janeiro do ano de 1955, dia inesquecível e histórico para
toda a Diocese de Cajazeiras, foi inaugurado, solenemente, o Seminário Nossa
Senhora da Assunção.
Cajazeiras desperta alegre e feliz, pelas quatro horas da manhã com uma
alvorada festiva. Ouve-se o troar de bombas. Escuta-se a execução de melodiosos
dobrados da Banda de Música Municipal a desfilar pelas principais artérias da
Cidade.
SOLENE PONTIFICAL
Prosseguindo a programação desta data inaugural, às cinco horas da
manhã, D. Zacarias Rolim de Moura celebrou Solene Pontificai, na antiga
Catedral de Nossa Senhora da Piedade, atual Matriz de Nossa Senhora de Fátima,
em ação de graças pelo feliz evento da conclusão dos trabalhos da construção
do Seminário Diocesano, cuja inauguração, naquele dia, se efetivava
solenemente. Ao Evangelho, fez um belo sermão o Côn. Manoel Vieira, Diretor do
Ginásio Diocesano de Patos, ressaltando o altíssimo significado da inauguração
do Seminário, para a formação dos futuros sacerdotes da Diocese de Cajazeiras.
Chegando a Procissão ao Seminário, procedeu-se imediatamente à
inauguração. Fizeram-se ouvir quatro oradores: D. Zacarias Rolim de Moura, D.
Luís do Amaral Mousinho, Côn. Manoel Vieira e Mons. Abdon Pereira, os quais
extravasaram seu contentamento com a indivisível vitória da Diocese de
Cajazeiras que, após uma batalha de grandes e incontáveis sacrifícios, nesta
data marcante e jamais esquecida, inaugurava o majestoso edifício do Seminário
Diocesano, mercê de Deus e das bênçãos de Nossa Senhora da Assunção.
Proferidos os discursos, é chegado o momento do corte da fita simbólica
de inauguração. A fita deveria ser cortada pelo Côn. Manoel Vieira, honra que
lhe coubera por ser Diretor do Ginásio Diocesano de Patos, que mais contribuíra
na Campanha Mariana, em favor do Seminário. Entretanto, o Revmo. Côn. Manoel
Vieira declinou da honra para o Exmo. Sr. D. Luís do Amaral Mousinho, uma vez
que ele, quando Bispo de Cajazeiras, tinha lançado a Pedra Fundamental do
bonito edifício que ora se inaugurava.
Organizou-se uma triunfal procissão com a imagem de Nossa Senhora da
Assunção, Padroeira do Seminário, partindo do Palácio Episcopal, em piedosa e
festiva caminhada, para o Seminário.
ATO INAUGURAL
ATO INAUGURAL
Assistiram à Solene Missa Pontifical os Srs. Bispos: D, Luís do Amaral
Mousinho, D. Aureliano Matos, D. Manoel Pereira da Costa, o clero, religiosas,
autoridades locais, seminaristas, representações das paróquias e o povo
católico em geral.
Chegando a Procissão ao Seminário, procedeu-se imediatamente à
inauguração. Fizeram-se ouvir quatro oradores: D. Zacarias Rolim de Moura, D.
Luís do Amaral Mousinho, Côn. Manoel Vieira e Mons. Abdon Pereira, os quais
extravasaram seu contentamento com a indivisível vitória da Diocese de
Cajazeiras que, após uma batalha de grandes e incontáveis sacrifícios, nesta
data marcante e jamais esquecida, inaugurava o majestoso edifício do Seminário
Diocesano, mercê de Deus e das bênçãos de Nossa Senhora da Assunção.
Proferidos os discursos, é chegado o momento do corte da fita simbólica
de inauguração. A fita deveria ser cortada pelo Côn. Manoel Vieira, honra que
lhe coubera por ser Diretor do Ginásio Diocesano de Patos, que mais contribuíra
na Campanha Mariana, em favor do Seminário. Entretanto, o Revmo. Côn. Manoel
Vieira declinou da honra para o Exmo. Sr. D. Luís do Amaral Mousinho, uma vez
que ele, quando Bispo de Cajazeiras, tinha lançado a Pedra Fundamental do
bonito edifício que ora se inaugurava.
Organizou-se uma triunfal procissão com a imagem de Nossa Senhora da
Assunção, Padroeira do Seminário, partindo do Palácio Episcopal, em piedosa e
festiva caminhada, para o Seminário.
(Fonte de Pesquisa:
Anuário Estatístico da Diocese de Cajazeiras)
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